Qual o impacto da sua alimentação na prevenção da Doença Inflamatória Intestinal
A dieta é um fator ambiental modificável que influencia tanto o risco quanto a gravidade das Doenças Inflamatórias Intestinais (Crohn e Retocolite Ulcerativa).
O que são as DIIs?
São condições crônicas do trato digestivo caracterizadas por inflamação persistente, sintomas gastrointestinais severos e risco de complicações extraintestinais.
Papel da alimentação na prevenção
•Microbioma intestinal: um ecossistema equilibrado, rico em fibras e prebióticos, modula positivamente a resposta imune e reduz marcadores inflamatórios.
•Dieta anti-inflamatória (AID): restringe carboidratos fermentáveis e gorduras modificadas, levando a reduções significativas na atividade da doença em 4 semanas.
•Dieta mediterrânea: rica em frutas, vegetais, grãos integrais, azeite e peixes oleosos, demonstrou efeitos protetores e melhora da qualidade de vida em pacientes com IBD.
•FODMAP-low: exclusão temporária de oligossacarídeos fermentáveis (lactose, frutanos, etc.) melhora sintomas gastrointestinais durante crises.
•Ultraprocessados: consumo elevado de UPFs associa‑se a maior incidência de IBD, sugerindo que aditivos e processamento agravam a inflamação.
Evidências científicas
Em ensaios randomizados, tanto a dieta mediterrânea quanto padrões como SCD e IBD-AID induziram remissão em metade dos pacientes após 6 semanas . Fatores ambientais — estresse, poluição e sono inadequado — também modulam o risco de IBD.
Recomendações práticas
1.Frutas, vegetais e grãos integrais: fonte de fibras e antioxidantes.
2.Ácidos graxos mono e poli‑insaturados: presentes em azeite e peixes oleosos.
3.Alimentos fermentados: iogurte e kefir como probióticos.
4.Moderação de açúcares e cafeína: reduzem picos de inflamação.
5.Reduzir UPFs: prefira preparações caseiras.
6.Acompanhamento profissional: nutricionistas e gastroenterologistas devem guiar ajustes individuais .
Conclusão
Uma abordagem dietética personalizada, baseada em evidências, pode ser aliada poderosa na prevenção e no controle das DIIs, promovendo melhor qualidade de vida e menor dependência de terapias farmacológicas.